Na última quarta-feira, dia 17 de abril, o Comando Estadual de Greve (CEG) e a equipe gestora do IFPA entraram em consenso sobre a assinatura da minuta elaborada coletivamente pelos Comandos Locais de Greve (CLGs) para manter o mínimo de 30% das atividades essenciais definidos por lei, considerando as particularidades de cada campi.
O compromisso assumido pela Reitora Ana Paula Palheta foi o de assinar o documento no mesmo dia, já com eventuais sugestões de alteração que seriam submetidas à aprovação do CEG, e publicar no site institucional do IFPA. Passados cinco dias da audiência, o CEG não recebeu resposta sobre a redação final, assim como também não houve divulgação da portaria sobre a essencialidade dos serviços para o funcionamento da Instituição enquanto durar o movimento de greve.
Durante a reunião, o Comando chamou a atenção para a necessidade de um documento com orientações gerais, a fim de nortear e, inclusive, respaldar os acordos já firmados, visto que 17 dos 18 campi já fecharam com as Direções Gerais os serviços que precisam ser mantidos.
Ao descumprir com o encaminhamento aprovado, a gestão contradiz o discurso oficial de que o IFPA busca estabelecer o amplo diálogo com o movimento grevista. Para o CEG, o respeito às decisões tomadas na mesa de negociação tem que estar em primeiro lugar. O IFPA tem que demonstrar, de fato, que não quer gerar insegurança junto à comunidade acadêmica e que realmente está na luta nacional em defesa da educação.
