Gênero, identidade e movimentos feministas são debatidos em GTs do SINASEFE

GTSinasefee 15 09 16No segundo bloco de debates dos Grupos de Trabalho (GTs) de Políticas Educacionais e Culturais e de Identidade de Gênero e Orientação Sexual, Raça, Etnia e Trabalho Infantil do SINASEFE os temas em debate foram gênero, identidade e movimentos feministas. A mesa, segunda de três previstas nos GTs, aconteceu na tarde desta quinta-feira (15/09), no San Marco Hotel, em Brasília-DF.

A mesa

Com a temática “Gênero, identidade e movimentos feministas”, a segunda mesa dos dois GTs que estão em realização teve como palestrantes a enfermeira Érika Andreassy, do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese), a professora do IF Baiano Cátia Farago, coordenadora geral do SINASEFE, e a professora do Colégio Pedro II Cláudia Reis, com os trabalhos sendo coordenados por Elizabeth Dau, da base do Sindscope-RJ.

Primeira a falar, Érika Andreassy deixou claro a necessidade do recorte de classe na discussão dos movimentos feministas. Denunciou que o movimento de mulheres, que é balizado por várias ideologias, tem hoje correntes feministas burguesas e reformistas, que vendem a ilusão de que é possível libertar as mulheres dentro do capitalismo.

Para Andreassy, o problema da opressão das mulheres está intrinsecamente ligado à opressão de classe e a igualdade de gênero só será alcançada com uma luta que supere a política de colaboração entre explorados e exploradores.

Cátia Farago fez a apresentação de sua pesquisa acadêmica, que estuda as mulheres vítimas de violência no Vale do Jiquiriça, na Bahia. Nossa coordenadora demonstrou que o machismo toma conta das relações de trabalho, relegando as mulheres aos menores salários. Trouxe dados importantes, como o de que 52% das mulheres – segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – já sofreu assédio sexual. E denunciou que as opressões machistas às mulheres também se reproduzem no ambiente dos sindicatos, o que comprova a relevância do debate desta temática em nossos espaços. Confira aqui o arquivo com a apresentação de slides utilizada por Cátia Farago.

E Cláudia Reis trouxe uma série de questionamentos aos motivos pelos quais a sociedade busca classificar as pessoas por seu gênero. A professora fez uma ampla exposição sobre os significados e diferenças entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual e trouxe um documento da Comissão de Direitos Humanos de Nova York com 31 classificações de gênero identificáveis, demonstrando a complexidade da temática. Confira aqui o arquivo com a apresentação de slides utilizada por Cláudia Reis.

Nas intervenções dos participantes, as três palestras foram extremamente elogiadas, demonstrando o elevado nível de qualificação dos discursos apresentados.

Os GTs

Ambos os Grupos acontecem simultaneamente hoje (15/09) e amanhã (16/09), na capital do país. Eles precedem a 144ª PLENA, que será realizada no final de semana (17 e 18/09).

Na manhã de amanhã acontece a mesa “Identidade e resistência negra e indígena”. E pela tarde teremos os cursos “Educação e sociedade”, ministrados pelo professor Ricardo Velho (IFC).

Confira aqui as programações completas dos GTs e aqui a da Plenária Nacional.

Ao vivo

Relembre aqui a peça da cobertura ao vivo da mesa publicada em nossas redes sociais.

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Fonte: SINASEFE-DN

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